DIVERSIDADE FUNCIONAL: Acesso aos conteúdos de Saúde e Beleza para a comunidade surda
O surdo possui perda auditiva. É necessário ressaltar que não há ausência de transmissão sonora. Isso tudo porque as pregas vocais estão em perfeito estado. A pessoa surda não é muda. Desta forma, é capaz de se expressar tanto por meio da língua de sinais quanto por meio da língua oral. Para isso acontecer é preciso que haja estímulo.
Além do curso de Libras, recentemente também fiz o Curso de Introdução à cultura e identidade do Surdo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com isso, pretendo aprimorar a acessibilidade no atendimento de todos os meus futuros pacientes (surdos ou não). Isso já está sendo inserido na criação de alguns conteúdos do Presttention via vídeo no Instagram.
Resumo do estudo do curso de Curso de Introdução à cultura e identidade do Surdo:
“A perda auditiva ocorre no canal auditivo e nada tem a ver com a ausência ou a perda das cordas vocais no canal fonador. Nascer sem as pregas vocais é muito raro.
Classificar pessoas como deficientes, além de pejorativo, está errado. Com os avanços das pesquisas linguísticas, a palavra deficiência vem sendo gradativamente substituída pela expressão DIVERSIDADE FUNCIONAL.
Assumir a sua diversidade funcional perante a sociedade – por utilizar a língua de sinais, e não por ser uma pessoa portadora de uma deficiência – é, para o surdo, razão da sua identidade. Significa a liberdade de se assumir, realmente, como surdo.
Os surdos utilizam a oralidade ou a escrita para se comunicar, utilizam mensagens e chamadas de vídeo para realizarem ligações, dançam porque sentem a vibração do som, atendem a campainha quando esta é adaptada com sinal luminoso e cantam muito em Libras.
Dentro da comunidade surda, também há os CODA – crianças de pais surdos – que, por vezes, são crianças ouvintes que possuem vivência de dois mundos – o dos sinais e o da oralidade e da audição.
A Suécia foi um dos primeiros países a valorizar a importância do profissional tradutor e intérprete de língua de sinais, cuja presença é relatada desde 1875 e nos Estados Unidos desde 1815 com Thomas Gallaudet que era tradutor e intérprete do surdo Laurent Clerc.”
Ana Célia Costa
Acadêmica de Fisioterapia e Estética