Meio ambiente e saúde: peixe contaminado com mercúrio

A Amazônia tem uma gastronomia de relevância internacional. Alguns populares até citam a frase “Comeu jaraqui, não sai mais daqui”. Inclusive, há muitas formas de se temperar um peixe da Amazônia. Alguns colocam como acompanhamento um recheio feito de farinha e banana frita. Outros fazem arroz com jambu. Entretanto, a ação criminosa de garimpeiros está dando um sabor diferente para essa iguaria: é o peixe contaminado com mercúrio.

A pesquisa mostra que a ingestão de mercúrio pode ser até 31,5 vezes superior ao nível recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Para chegar a esta afirmação foram coletadas amostras de peixes das seguintes cidades: Altamira (PA), Belém (PA), Boa Vista (RR), Humaitá (AM), Itaituba (PA), Macapá (AP), Manaus (AM), Maraã (AM), Oiapoque (AP), Oriximiná (PA), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Santa Isabel do Rio Negro (AM), Santarém (PA), São Félix do Xingu (PA), São Gabriel da Cachoeira (AM) e Tefé (AM).

O garimpo ilegal prejudica a floresta Amazônica, os povos tradicionais e todos os outros que vivem (estão) na região. Estudos epidemiológicos no futuro poderão mostrar as consequências disso para a Saúde Pública.

Conforme informações do Ministério da Saúde:

“A ingestão de sais de mercúrio pode provocar sintomas gastrointestinais, renais e até a morte. Os efeitos da exposição prolongada pela ingestão ou derme podem ser semelhantes aos da exposição crônica ao vapor de mercúrio metálico. Nas águas, pode se transformar em metilmercúrio. “

Essa pesquisa acerca da contaminação por mercúrio nos peixes da região Amazônica foi feita pelo ISA, Fiocruz, UFOPA, Greenpeace Brasil, Iepé e WWF-Brasil .

Ana Célia Costa

Acadêmica de Fisioterapia

Jornalista (DRT 326)