Quais as contraindicações em relação aos peelings químicos?

O que pode mudar o resultado de um peeling químico é a aplicação em pessoas que usam alguma medicação. Exemplos: pessoas com patologias cardíacas, renais e hepáticas. É importante que a Esteticista pergunte se o paciente faz uso de alguma medicação e se possui alguma patologia antes da realização de qualquer procedimento. Estética é Saúde e isso não pode ser ignorado durante a consulta. 

Também há contra-indicação para pessoas que não podem evitar situações de calor intenso. Exemplo: quem trabalha ao ar livre e que também precisa ficar exposto ao sol. 

De acordo com o artigo “Rejuvenescimento da pele por peeling químico” (2004):

“O peeling químico é também chamado de resurfacing químico, quimioesfoliação ou quimiocirurgia e consiste na aplicação de um ou mais agentes cáusticos à pele, produzindo uma destruição controlada da epiderme e sua reepitelialização. Sua popularidade ocorre por propiciar melhoramento da aparência da pele danificada por fatores extrínsecos, intrínsecos e também por cicatrizes remanescentes.

O peeling químico é classificado em três tipos: superficial, médio e profundo, assim descritos.

O peeling superficial tem ação na epiderme e utilizam-se como substâncias ativas os alfa-hidroxiácidos (AHAs), beta-hidroxiácidos (ácido salicílico), ácido tricloroacético (TCA), resorcinol, ácido azelaico, solução de Jessner, dióxido de carbono (CO2) sólido e tretinoína. É indicado para casos de acne, fotoenvelhecimento leve, eczema hiperquerostático, queratose actínica, rugas finas e melasma.

O peeling médio tem ação na derme papilar e utiliza como substâncias ativas combinações de TCA com CO2, TCA com solução de Jessner, TCA com ácido glicólico ou somente o TCA e resorcina. Possui a mesma indicação que o peeling superficial, além de ser indicado em lesões epidérmicas.

O peeling profundo tem ação na derme reticular. São utilizados como componentes ativos o TCA a 50% e o fenol (solução de Baker-Gordon), entre outros. É indicado para os casos de lesões epidérmicas, manchas, cicatrizes, discromias actínicas, rugas moderadas, queratoses, melasmas e lentigos.”

Ana Célia Costa

Acadêmica de Fisioterapia.

Jornalista (DRT 326)