Qual sua fonte de informação de temas sobre Saúde? É perigoso ter como fonte um grupo de WhatsApp e/ou perfis de Instagram.
As notícias falsas sempre existiram, mas a Internet também aprimorou a abrangência de quem produz isso. Desde o início da pandemia de Covid 19 já foi possível ver como elas impactaram na adesão das pessoas nas campanhas de vacinação.
Para além do tema Covid 19, as fake news na área da Saúde continuam nas redes. É preciso ter cuidado e acreditar somente no que é divulgado por fontes oficiais da área da Saúde e por portais sérios de Jornalismo.
O tom sensacionalista e de uma versão apenas é uma das características da notícia falsa. Você pode copiar o link deste artigo e compartilhar no WhatsApp toda vez que algum tiver uma notícia duvidosa envolve a Saúde Pública.
Embora a meta do Ministério da Saúde fosse de vacinação de 95% do público-alvo, a campanha contra a poliomielite só alcançou 60%. Essa campanha nacional foi finalizada no último final de semana. Depois disso, foi divulgado que a vacinação continua nos pontos de saúde, mas sem a mobilização publicitária necessária para atrair a população.
Qual o público-alvo da vacinação contra poliomielite?
Crianças de até 5 anos.
Segundo informações da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) da Organização Mundial de Saúde (OMS):
“A poliomielite, comumente chamada de pólio, é uma doença altamente contagiosa causada pelo poliovírus selvagem. A grande maioria das infecções não produz sintomas, mas de 5 a 10 em cada 100 pessoas infectadas com esse vírus podem apresentar sintomas semelhantes aos da gripe. Em 1 a 200 casos, o vírus destrói partes do sistema nervoso, causando paralisia permanente nas pernas ou braços. Embora muito raro, o vírus pode atacar as partes do cérebro que ajudam a respirar, o que pode levar à morte.”
DADOS
A poliomielite afeta principalmente crianças com menos de cinco anos de idade.
Uma em cada 200 infecções leva a uma paralisia irreversível (geralmente das pernas). Entre os acometidos, 5% a 10% morrem por paralisia dos músculos respiratórios.
Os casos de poliomielite diminuíram mais de 99% nos últimos anos: dos 350 mil casos estimados em 1988 para 29 casos notificados em 2018.
O Brasil recebeu o certificado de eliminação da pólio em 1994. No entanto, até que a doença seja erradicada no mundo (como ocorreu com a varíola), existe o risco de um país ou continente ter casos importados e o vírus voltar a circular em seu território.
“O Brasil teve uma história de sucesso com seu Programa Nacional de Imunizações (PNI). Mas, nos últimos anos, o que vivemos não é mais uma elogiada campanha de vacinação, e sim uma série de campanhas contra a vacinação e, portanto, contra a vida de adultos e crianças – até mesmo com apoio de quem está no Governo e deveria, justamente, agir em prol da salvação de inúmeras vidas humanas.
Doenças erradicadas do país podem voltar a acometer os brasileiros, surtos podem emergir, comprometendo vidas e sobrecarregando o sistema de saúde. A escassez de algumas vacinas – como a BCG – tem aumentado as barreiras de acesso à vacinação, o que também acontece devido ao sucateamento da Atenção Básica à Saúde, quando se restringe a vacinação a dias e/ou horários fixos.
As famílias diminuíram sua adesão ao PNI pelos motivos antepostos e também por falta de dinheiro para o transporte, pelo bombardeio de informações falsas estimulando suspeitas sobre a eficácia e segurança das vacinas e pela eliminação do quesito vacinação para aceder aos planos de ajuda social.
Esse quadro preocupante leva a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) a se manifestarem em defesa do acesso à vacinação e do reestabelecimento do PNI. Além disso, a SBPC e a ABRASCO reafirmam que vacinas são um dos produtos mais efetivos desenvolvidos pela ciência, que desde sua descoberta contribuíram para melhorar a expectativa de vida da população e reduzir a mortalidade infantil no mundo todo.”
Ana Célia Costa
Acadêmica de Fisioterapia
Jornalista (DRT 326)
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