Movement is Art

Nossos movimentos são proporcionados por junções perfeitas de ossos, músculos e suas influências do sistema nervoso.

A Arte da vida real nos faz conseguir articular de um lado para o outro a cintura pélvica e poder dançar uma bela canção. A execução perfeita do sentar em um sofá depende de um grupo formado por fêmur, tíbia, patela, menisco, tendão e outros.

Dito isto, como não acreditar que o MOVIMENTO É ARTE? É tão emocionante ver um paciente conseguindo articular seus primeiros passos na Fisioterapia. Essa “coreografia” ele teve que reaprender desde o início na Reabilitação. Da mesma forma como é emocionante ver uma bailarina no espetáculo do Cisne Negro.

Que fantástico ver outro paciente conseguindo movimentar as falanges da sua mão e assim conseguir segurar os talheres para poder se alimentar. Ou voltar a digitar no celular ou no computador.

É a Arte de nos conectar com nosso corpo independente do problema de disfunção. Alguns em estágio mais grave que precisam de internação. Outros levando a vida sem perceber a importância daquela dor nas costas ou nos joelhos, por exemplo.

A nossa área da Saúde precisa cada vez mais ver como a Arte também está presente em tudo e é uma forma de conexão com os pacientes. Afinal, nem toda dor nas costas é sinônimo de problema nas vértebras. Em alguns casos, a dor vem da tristeza ou da ansiedade por algo que falta.

Ana Célia Costa

Acadêmica de Fisioterapia

Jornalista (DRT 326)

Chile maravilloso: Clase gratuita de Pilates en Santiago

RELATO

A última semana foi de uma experiência primorosa. Tive a oportunidade de ministrar aula presencial de Pilates no Chile. O local exatamente foi na Biblioteca Municipal de Santiago, na sala de creación.

Foi muito importante poder compartilhar algumas práticas que podem ajudar principalmente no alongamento, haja vista que a tensão muscular é algo que inclusive pode impedir a pessoa. O trabalho, a vida social e as preocupações podem trazer essas tensões que são somatizadas no corpo.

Qual o resultado disso? Alguns podem ter dores nas costas, no nervo ciático, etc. A proposta para ministrar a aula gratuita de Pilates na Biblioteca de Santiago foi com foco no alongamento para combater a tensão muscular.

Agradeço a oportunidade ao Governo Municipal de Santiago! Fui muito bem recebida no Chile! Maravillosos!

Também agradeço à coordenadora do curso de Fisioterapia da Fametro, Bárbara Bahia, que enviou uma carta de recomendação acerca da minha pessoa para o Governo Municipal de Santiago. Na carta foi citado que também tenho a certificação em Pilates pela Biocursos. Foi a primeira vez que ministrei aula de Pilates fora do Brasil.

Gracias por todo, Chile!!

Ana Célia Costa

Acadêmica de Fisioterapia.

Jornalista (DRT 326)

Carga horária obrigatória de Psicoterapia na Educação?

Em um mundo de difusão do Ensino a Distância (EaD), os jovens precisam de mais conexões presenciais. Apesar da falta de conexão poder estar atrelada a essa modalidade, o problema também ocorre nos cursos presenciais, haja vista que é comum alunos ficarem olhando a tela do celular durante as aulas e assim ficarem “distantes” e “sozinhos” mesmo estando em um grupo de 30 pessoas.

Outra situação é o aluno estar em qualquer outra área da instituição de ensino em algum canto olhando o celular sem interações com o ambiente. São pessoas com dificuldades de estabelecer uma conversa pessoalmente, com possíveis transtornos de ansiedade e depressão. De acordo com o Censo da Educação Superior, o percentual de matriculados em EaD aumentou 274,3%, enquanto, nos presenciais, houve queda de 8,3%. Essa pesquisa é referente aos anos de 2011 a 2021.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios mostrou que das 183,9 milhões de pessoas com mais de 10 anos de idade no Brasil, 84,7% tiveram acesso à Internet em 2021. Essa mesma pesquisa, em 2019, registrou o percentual de 79,5%. Esse estudo foi uma parceria do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) com o Ministério das Comunicações e o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação.

A falta de conexão em todas as modalidades de Ensino mostra uma deficiência no processo, haja vista que aprender envolve a interação social. Isso afeta aquilo que se espera de uma pessoa com saúde (e bem-estar) e com qualidade de ensino. Não é por acaso que o que foi citado, anteriormente, está entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em que os 193 Estados membros da Organização das Nações Unidas (ONU) se comprometeram a adotar.

Como ter saúde e bem-estar sem interação social? Como aprender sem trocar ideias e debater com o outro? Como aprender a lidar com suas emoções e opiniões sem o contato pessoal? Como tratar quem está com crise de ansiedade e não consegue apresentar um simples trabalho em sala de aula com outras 30 pessoas?

Já imaginou uma iniciativa de Psicoterapia presencial junto com a carga horária de Ensino, Pesquisa e Extensão. Essa carga horária de terapia obrigatória por semestre para alunos poderia ser feita visando acompanhamento dos distúrbios e patologias psicológicas. O aluno não pode mais ser submetido às avaliações sem um cuidado com sua saúde mental. Aluno com depressão e ansiedade, por exemplo, não consegue participar efetivamente das aulas.

Conforme dados do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde, a depressão entre jovens de 18 a 24 anos obteve aumento de 11,1% em 2019. Outra pesquisa de 2021 mostra que 36% dos jovens avaliaram que seu estado emocional era ruim ou péssimo. Isso teve total influência do período de quarentena devido à pandemia de Covid 19. Um caso de repercussão nacional ocorreu em 19 de maio de 2022, em que mais de 20 alunos de uma escola de Recife tiveram crise de ansiedade (com sintomas de falta de ar). Eles foram socorridos por equipes do Corpo de Bombeiros e Samu.

Já vi vários casos de alunos que saíram da sala de aula com crise de ansiedade. São levados para Enfermaria e depois são liberados. Outros nem chegam a entrar na instituição de ensino. Eles têm a crise na portaria e voltam para casa. Como fica o processo de aprendizado para esses jovens? O que vai determinar o recebimento do diploma é a nota e a carga horária (Ensino e Extensão) obrigatória cumprida. A carga horária de psicoterapia não existe e o que há por trás do diploma fica sem cuidado. Educação e Saúde precisam caminhar juntas e para isso a terapia com carga horária obrigatória é uma questão que poderia ser incluída nas unidades de ensino.

Ana Célia Costa

Acadêmica de Fisioterapia.

Jornalista (DRT 326)

Relato sobre os benefícios da Yoga

Desde o dia 9 de janeiro tenho praticado Yoga aos domingos. Melhoria na concentração e na postura foram os primeiros benefícios perceptíveis.

Para quem nunca fez Yoga antes é importante avisar que o primeiro momento pode ser de agonia. A Yoga pede pausa. Geralmente estamos em um fluxo intenso na vida. Quando se pede pausa, a primeira sensação é de agonia. Quem tem vida agitada só para quando fica doente? Precisa ficar doente para parar?

Após alguns minutos de Yoga, após essa agonia inicial, o corpo começa a se acostumar. É a sua respiração relaxando tudo. Você vai sentir esse relaxamento do seu corpo. Vai sentir seu corpo se ajustando.

A prática da Yoga envolve muitos benefícios para o corpo e para mente. Alguns movimentos lembram exercícios do Pilates. Entretanto, são práticas diferentes. Também lembram os Ritos Tibetanos (mas estes inclusive são mais antigos que a própria Yoga).

Sou acadêmica de Fisioterapia. Já sou certificada em Pilates. Tive interesse em começar a prática de Yoga após ler sobre os Ritos Tibetanos no livro “A fonte da juventude”, de Peter Kelder. Exemplo de citação da obra:

“De acordo com os sistemas de pensamento no qual se enraízam tanto a Yoga quantos os Ritos, os seres humanos têm diversos centros energéticos. Na Yoga, eles se chamam chacras ao passo que os monges tibetanos os denominam vórtices”.

“As práticas da Yoga se destinam, especificamente, a criar o relaxamento físico e a tranquilidade mental necessários para se alcançar elevada qualidade de vida (…) Também ajudam a constituir a força física e a resistência”

Por enquanto, não tenho interesse em fazer a capacitação de Yoga para professores. Somente tenho interesse como praticante e quem sabe posso avaliar o que incluir da prática na reabilitação dos meus futuros pacientes. Quem sabe faça alguma pesquisa para artigo científico, haja vista que tudo que se aplica aos pacientes deve ter embasamento na Ciência sempre!

Ana Célia Costa

Acadêmica de Fisioterapia. Certificada em Pilates .

Jornalista (DRT 326)

Pilates vai além das poses acrobáticas de Instagram

O Pilates é acessível a todos, haja vista que a prática envolve conhecimentos de consciência corporal e concentração. A surpresa para algumas pessoas é descobrir que o método não é pose para Instagram.

Concentração, controle, precisão, fluidez, centralização e respiração. Isso não se aplica com qualidade de uma hora para outra. É preciso treinar com atenção no que se está fazendo. É você e seu corpo. Se você trapacear, será justamente trapacear seu corpo. Se você for honesto consigo mesmo, vai perceber os benefícios da prática.

É um método democrático, visto que todos podem fazer. Isso que dizer que atletas podem fazer? Sim. Adolescentes? Sim. Grávidas? Sim. Idosos? Sim.

Pilates não é só para quem tem recomendação médica. Você pode fazer musculação e também fazer Pilates, pois os objetivos são diferentes. Pode praticar natação e também Pilates. Pode fazer dança de salão e também Pilates. Pode fazer nada e também fazer Pilates. Que incrível!

O objetivo deste artigo não é descrever benefícios da prática apenas. Aqui no Presttention você encontra outras matérias sobre o método. Este é um artigo de opinião da vivência de uma acadêmica de Fisioterapia que concluiu, neste último domingo, o segundo módulo do Curso de Pilates.

Percebi o quanto o método é importante e tem resultados efetivos em pouco tempo da prática. Que mais pessoas podem ter acesso aos seus benefícios. Afinal, qualidade de vida é um direito de toda pessoa. Qualidade para sentar e levantar sem dificuldades, para pegar algum objeto na prateleira, para conseguir amarrar os cabelos sem dor nas articulações, etc.

Ana Célia Costa

Acadêmica de Fisioterapia

Jornalista (DRT 326)