Archives junho 2023

Embora Jair Bolsonaro tenha se tornado inelegível por decisão da maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) hoje pelos crimes de abuso de poder político e uso indevido dos meios de Comunicação, a principal marca da sua gestão foi o negacionismo da pandemia de Covid 19 e a degradação de todas as políticas públicas de Saúde.

Em dezembro de 2022, segundo o Consórcio de Imprensa, apenas 49,89% havia tomado a dose de reforço da vacina contra a Covid.  Ainda que o Brasil tivesse uma estrutura preparada para vacinação reconhecida internacionalmente há muitos anos, houve demora para a compra de vacinas enquanto várias vidas era perdidas na pandemia. Em 2021, a situação foi amplamente discutida na Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado Federal. O objetivo da CPI foi “apurar as ações e omissões do Governo Federal no enfrentamento da Pandemia da Covid-19 no Brasil e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com a ausência de oxigênio para os pacientes internados; e as possíveis irregularidades em contratos, fraudes em licitações, superfaturamentos, desvio de recursos públicos, assinatura de contratos com empresas de fachada para prestação de serviços genéricos ou fictícios, entre outros ilícitos, se valendo para isso de recursos originados da União Federal, bem como outras ações ou omissões cometidas por administradores públicos federais, estaduais e municipais, no trato com a coisa pública, durante a vigência da calamidade originada pela Pandemia do Coronavírus SARS-CoV-2”.

Saúde e Política caminham juntas, haja vista que é necessário agir com equidade para que todos tenham acesso ao que lhe é de direito levando em conta suas especificidades. Isso vale para ações para além da vacinação, aí se incluem o programa Mais Médicos, a Saúde Indígena e outros.

Exemplo de matérias publicadas aqui no Presttention ano passado:

• Apenas 60% das crianças foram imunizadas durante a campanha de vacinação contra a poliomielite de 2022

• Farmácia Popular: o que é, como funciona, quem será prejudicado com o corte de 60% na verba para esse programa em 2023

• Falta de reajuste nos repasses da União para o Samu

Ana Célia Costa

Acadêmica de Fisioterapia

Jornalista (DRT 326)

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Une carrière de Journaliste combinée à celle de créatrice de contenus digitaux sur Santé.

Ana Célia Costa

Journaliste
L’Étudiante en Kinésithérapie. Certifiée en Pilates.

A Amazônia tem uma gastronomia de relevância internacional. Alguns populares até citam a frase “Comeu jaraqui, não sai mais daqui”. Inclusive, há muitas formas de se temperar um peixe da Amazônia. Alguns colocam como acompanhamento um recheio feito de farinha e banana frita. Outros fazem arroz com jambu. Entretanto, a ação criminosa de garimpeiros está dando um sabor diferente para essa iguaria: é o peixe contaminado com mercúrio.

A pesquisa mostra que a ingestão de mercúrio pode ser até 31,5 vezes superior ao nível recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Para chegar a esta afirmação foram coletadas amostras de peixes das seguintes cidades: Altamira (PA), Belém (PA), Boa Vista (RR), Humaitá (AM), Itaituba (PA), Macapá (AP), Manaus (AM), Maraã (AM), Oiapoque (AP), Oriximiná (PA), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Santa Isabel do Rio Negro (AM), Santarém (PA), São Félix do Xingu (PA), São Gabriel da Cachoeira (AM) e Tefé (AM).

O garimpo ilegal prejudica a floresta Amazônica, os povos tradicionais e todos os outros que vivem (estão) na região. Estudos epidemiológicos no futuro poderão mostrar as consequências disso para a Saúde Pública.

Conforme informações do Ministério da Saúde:

“A ingestão de sais de mercúrio pode provocar sintomas gastrointestinais, renais e até a morte. Os efeitos da exposição prolongada pela ingestão ou derme podem ser semelhantes aos da exposição crônica ao vapor de mercúrio metálico. Nas águas, pode se transformar em metilmercúrio. “

Essa pesquisa acerca da contaminação por mercúrio nos peixes da região Amazônica foi feita pelo ISA, Fiocruz, UFOPA, Greenpeace Brasil, Iepé e WWF-Brasil .

Ana Célia Costa

Acadêmica de Fisioterapia

Jornalista (DRT 326)

A artrite reumatoide é uma doença crônica nas articulações (popularmente conhecidas como juntas). Quem tem essa patologia sofre com dores e inchaços. Esse processo inflamatório pode inclusive ter como consequência a erosão óssea e deformações. Então, além das dores, o paciente também terá rigidez muscular. Quem tem qualidade de vida com tudo isso? A primeira pesquisa destacada neste ranking criado aqui no Presttention é justamente acerca do efeito da Yoga na qualidade de vida em pacientes com artrite reumatoide. Foram 100 pessoas participantes deste estudo. Destas, 50 fizeram Fisioterapia e Yoga. As outras fizeram somente a Fisioterapia. Houve avaliação antes do tratamento, após 4 semanas e após 8 semanas. O grupo que fez Yoga obteve melhora significativa com diminuição da dor e rigidez muscular. Esta pesquisa foi apresentada por Shailendra Kumar Mehta (Índia).

A Yoga pode contribuir no processo de Reabilitação de pessoas com Síndrome de Down. A pesquisa apresentada mostrou que houve melhora significativa na qualidade e na velocidade da caminhada desses pacientes. O estudo foi feito com 22 pessoas com Síndrome de Down (com idade entre 18 e 42 anos no Egito). Eles fizeram Yoga 2 vezes por semana durante 30 a 45 minutos. Durante 10 semanas, esses pacientes foram analisados. A avaliação foi realizada uma semana antes e uma semana depois do início do estudo. Um dos testes utilizados foi o Timed Up and Go. Yasser Salem (Egito) é o autor da pesquisa.

Um outro estudo envolve o efeito do Yoga na função pulmonar em pacientes com lesão na medula. É ressaltado que a complicação respiratória é uma das principais causas de mortalidade (47%) entre os indivíduos com lesão na medula. Para compor este estudo, foram analisados 56 pacientes. Os grupos foram divididos pela metade. Uns faziam a Reabilitação tradicional (Fisioterapia Respiratória) juntamente com 20 minutos de Yoga e outros faziam a Reabilitação tradicional sem Yoga. Todos fizeram exame de Espirometria. O estudo mostrou que houve melhora significativa naqueles que tiveram a associação da Fisioterapia Respiratória com a Yoga. Foi apresentado por Fagun Jain (Índia), no World Physioterapy Congress 2023.

A Yoga é reconhecida como prática integrativa pelo Governo Federal no Brasil. Ela e outras 13 práticas foram incluídas no Sistema Único de Saúde (SUS) em 2017, instituídas pela Portaria 849 de 27 de março de 2017. Pode ser incluída, mas deve ter acompanhamento profissional sempre em todas as etapas.

Nesse contexto, pode-se ressaltar que a palavra “YOGA” é derivada da palavra “JUG”, que em sânscrito (língua clássica da Índia) significa “unir, conectar, contar”. Essa conexão pode ser ampliada para as outras áreas da Saúde, visto que uma patologia acaba influenciando o ser humano como um todo.

Ana Célia Costa

Acadêmica de Fisioterapia

Jornalista (DRT 326)

O tratamento de depressão e transtorno de ansiedade poderia ir da psicoterapia e dos fármacos (remédios). A Fisioterapia pode ser incluída, haja vista que já existem estudos sobre a sua eficácia.

“Apesar da forte ligação entre o bem-estar físico e a saúde mental, ainda existe uma falta generalizada de reconhecimento e compreensão, por parte dos profissionais de saúde, do valor do exercício físico, e de outras intervenções fisioterapêuticas, na abordagem e tratamento adjuvante das perturbações mentais . Nesse sentido, considera-se que esse reconhecimento só será alcançado por meio da formação adequada dos profissionais que atendem essas pessoas, tanto psiquiatras quanto fisioterapeutas. Para fortalecer o processo formativo, o principal desafio é fazer com que psiquiatras, psicólogos e fisioterapeutas trabalhem mais frequentemente juntos, avaliando pacientes e discutindo, de forma a desenhar e prescrever tratamentos que não incluam apenas psicofármacos ou psicoterapia, mas também exerçam orientações e outras intervenções de fisioterapia, desenvolvidas especificamente para cada paciente e com base em evidências” (livre tradução)

Estas são informações provenientes no artigo “Ejercicio físico como tratamiento adyuvante de los trastornos mentales”. Ele foi uma das fontes citadas na recente palestra “El ejercicio: la mejor píldora antidepressiva”. Foi organizada pela Red Americana de Fisioterapia en Salud Mental e apresentada pelo fisioterapeuta mexicano, Ángel Eduardo Alvarado Luna.

Como a Fisioterapia poderia ser incluída em tratamento para a plena Saúde Mental? Segundo a conclusão das pesquisas:

“O programa de exercícios físicos deve ser flexível e permitir que as pessoas progridam em seu próprio ritmo. O exercício físico deve promover o domínio e a realização pessoal. O programa de exercícios físicos não deve durar menos de 4 semanas. O paciente deve se esforçar para praticar exercícios de intensidade moderada por pelo menos 20 a 30 minutos por sessão, 2 a 3 vezes por semana. Idealmente, cada sessão deve durar entre 45 e 60 minutos e incluir a prática de exercícios físicos, bem como aconselhamento sobre os mesmos.”

O importante ressaltar que nenhum medicamento deve ser abandonado sem orientação médica. A psicoterapia também deve ser mantida se assim for a orientação do profissional da Psicologia. A Fisioterapia faz parte desse cuidado multidisciplinar.

Outras orientações citadas durante a palestra sobre os pilares para ter Saúde Mental são:

• Estilo de vida saudável (alimentação saudável, evitar álcool, descansar);
• Realizar exercício físico;
• Meditação;
• Socializar;
• Medicação/terapia com profissional, se necessário;
• Alimentar o cérebro (com leituras, jogos de tabuleiro);
• Ter rede de apoio (pessoas em quem você possa confiar);
• Relacionar-se com a natureza;
• Ter metas na vida.

Ana Célia Costa

Acadêmica de Fisioterapia

Jornalista (DRT 326)

Popular, segundo o Dicionário Oxford, é aquilo que é relativo ou pertencente ao povo. Embora tenha essa definição, o programa do Governo Federal intitulado Farmácia Popular estava em situação precária há alguns anos. A novidade é que nesta quarta-feira (07 de junho) foi realizado seu lançamento. Agora, conforme a ministra da Saúde, Nísia Trindade: “Na saúde da mulher, a oferta passa a envolver medicamentos contra a osteoporose e anticoncepcionais, e está no horizonte a ampliação para a saúde do homem.”

Medicamentos disponibilizados de forma gratuita: diabetes, asma, hipertensão, osteoporose e anticoncepcionais.

Medicamentos/insumos com até 90% de subsídio: dislipidemia, rinite, Doença de Parkinson, glaucoma, fraldas geriátricas.

Conforme informações do Ministério da Saúde:

“O Programa Farmácia Popular do Brasil foi criado em 2004 como uma ação complementar de assistência farmacêutica no SUS. Inicialmente, foram ofertados medicamentos com preços mais baixos. Em 2006, na primeira expansão do programa, o Ministério da Saúde fechou parceria com as farmácias e drogarias da rede privada, instituindo a modalidade “Aqui Tem Farmácia Popular”. A partir de 2011, o programa começou a ofertar à população medicamentos gratuitos indicados para o tratamento de hipertensão, diabetes e asma, por intermédio da estratégia “Saúde Não Tem Preço”. Outros tratamentos continuaram a ser ofertados em formato de copagamento – com até 90% de desconto. Em 2016, a iniciativa chegou ao marco de quase 35 mil farmácias credenciadas atendendo mais de 22 milhões de brasileiros. Contudo, nos últimos anos, com a redução do número de municípios com unidades habilitadas, cerca de 2 milhões de brasileiros deixaram de ser atendidos pelo Farmácia Popular”

No final de outubro de 2023, divulgamos aqui no Presttention o anúncio de corte na verba do programa por decisão da gestão antiga.

Saúde Indígena

Para facilitar o acesso será nomeado um representante de comunidade indígena atendida pelos Distritos Sanitários Indígenas (Dsei). Ele será responsável por retirar os medicamentos indicados, sem necessidade de ter um CPF para ser atendido. Essa iniciativa entrará em prática em um projeto piloto no território Yanomami, em Roraima.

Você está inscrito no Bolsa Família?

Para retirar, basta o usuário ir até a farmácia credenciada e apresentar a receita médica, documento de identidade e CPF. O reconhecimento do vínculo do beneficiário com o Bolsa Família ocorrerá automaticamente pelo sistema, não sendo necessário cadastro prévio.

Ana Célia Costa

Acadêmica de Fisioterapia

Jornalista (DRT 326)

Toda fratura óssea necessita de uma boa avaliação, haja vista que uma má conduta na escolha (com ou sem cirurgia e tratamento conservador) pode piorar a situação do paciente causando alguma desalinhamento na postura. Entretanto, o que de mais grave pode ocorrer em uma fratura é uma infecção.

Uma fratura exposta é perigosa devido ao risco de infecção. Isso ocorre em virtude da baixa irrigação sanguínea na região. A necrose, por exemplo, é algo irreversível.

Quando o paciente escutar “tratamento conservador”, ele deverá entender como Fisioterapia. Neste caso, o tratamento fisioterapêutico deve ser iniciado após o período de recuperação óssea (feita pelo próprio corpo). A renovação das células é que vai fazer o osso se consolidar.

Um acompanhamento multidisciplinar de médico e fisioterapeuta é fundamental para a devida recuperação do paciente com fratura óssea.

Ana Célia Costa

Acadêmica de Fisioterapia.

Jornalista (DRT 326)