Archives junho 2022

Primeiros Socorros

Café, pasta de dente e outros produtos são proibidos em casos de ferimentos. As pessoas passam nos ferimentos. “O certo é não colocar nada. Só lavar com água e sabão. Antes de pegar na ferida também é importante lavar a mão com água e sabão antes. Um corte superficial pode ser tratado em casa com Neomicina. Entretanto, um corte mais profundo precisa de cuidados específicos em uma unidade de saúde”, afirmou a convidada da live recente no Instagram do Presttention, a Técnica em Enfermagem e Acadêmica em Enfermagem, Grazielly Souza.

Durante a live também foram feitas orientações para os casos de mordida de cachorro, arranhões de gatos, quedas, desmaios e engasgos.

Como saber a gravidade de uma queda?

“O local da queda fica com vermelhão e roxo. A pessoa sente muita dor no local. Se estiver roxo, é preciso ir ao hospital para fazer um raio-x. Esse exame é importante para saber se houve alguma fratura. Depois disso, o paciente é encaminhado ao Ortopedista. É preciso observar o paciente, principalmente, se for idoso”, alertou.

Também é importante alertar que em caso de queda, após a consulta com o Ortopedista, geralmente há encaminhamento para a Fisioterapia Traumato-Ortopédica. O objetivo é a reabilitação do paciente.

A live na íntegra está aqui:

Ana Célia Costa

Acadêmica de Fisioterapia e de Estética

Jornalista (DRT 326)

Gestantes e puérperas surdas

Puerpério pode durar até 2 anos. São mudanças físicas e emocionais. O puerpério não é diferente na mulher surda. Pode sentir ansiedade, medo, insegurança, oscilações de humor, insônia e luto.

Neste caso, o luto nem sempre significa a morte de alguém. O “luto” também pode ser referente ao período de mudanças. “Luto” por não ter a mesma vida social de antes e a rotina diária também.

Dados:

20% das mulheres têm depressão pós-parto.

Pode começar na primeira semana e durar até 2 anos.

A depressão pós-parto uma tristeza profunda, falta de interesse inclusive no bebê, tem pensamentos negativos (até mesmo de morte) e insônia.

Além disso, pode ter tristeza materna (baby blues) e psicose puerperal.

80% das mulheres têm tristeza materna.

Dura de 15 a 30 dias após o parto.

No caso de baby blues, uma fragilidade com choro por qualquer motivo. Algumas podem ficar mais agressivas.

0,2% das mulheres têm psicose puerperal

A psicose puerperal é a perda do senso da realidade, delírios e alucinações. Algumas já têm algum antigo diagnóstico psiquiátrico.

Ana Célia Costa

Acadêmica de Fisioterapia e Estética

Jornalista (DRT 326)

Pilates para mulheres surdas

Como o Pilates pode contribuir com a saúde da mulher surda?

Concentração, controle, precisão, fluidez, centralização e respiração. Estes são os princípios do Método Pilates. Seus benefícios vão desde melhoria na qualidade do sono à melhoria na vida sexual. 

Agora, ao especificarmos o público, podemos pensar nos benefícios do Pilates para a mulher surda: 

  • Promove o condicionamento físico;
  • Melhora a consciência corporal e o equilíbrio; 
  • Alinhamento postural;
  • Melhora a flexibilidade e o alongamento; 
  • Melhora a vida sexual.

Segundo o estudo “O equilíbrio dos indivíduos portadores de deficiência auditiva” do curso de Fisioterapia, da Universidade de Passo Fundo (Rio Grande do Sul), 95% dos indivíduos surdos apresentaram falhas nos testes de equilíbrio estático. Ao associarmos este estudo com o que foi apresentado aqui é possível entender como o equilíbrio é um dos benefícios da prática do Pilates para a comunidade surda.  

“O estudo foi composto por 40 indivíduos de ambos os sexos, com idades entre 7 e 15 anos, sendo que 20 indivíduos são portadores de deficiência auditiva e 20 indivíduos não portadores de deficiência auditiva, todos provenientes da Escola Estadual da cidade de Passo Fundo.”

“As pessoas surdas possuem dificuldades. Está muito atrelado às estratégias que são necessárias para fazer o Pilates. Vamos trabalhando a questão do uso das mãos. No caso da respiração estou usando meu corpo para executar o sinal de expirar e respirar. O entendimento é de suma importância para que ela possa me copiar e que eu seja uma referência para ela (paciente)”, explicou a fisioterapeuta Dra Jorlúzia Alves durante palestra no segundo dia do Seminário Saúde da Mulher Surda, da Universidade Estadual do Piauí (UESPI). 

Questionada sobre a existência de alguma capacitação específica para profissionais da Fisioterapia no aprendizado dos sinais específico de Libras para o Método Pilates, Jorlúzia Alves informou: “Infelizmente não temos esses sinais próprios. Essas pesquisas precisam estar acontecendo.  Isso é algo histórico porque agora que as coisas estão acontecendo. São poucos profissionais e até agora eu sou a única que trabalha com a Fisioterapia e a surdez. Eu não conheço um curso específico dos sinais para o Pilates. É necessária essa disseminação, essa pesquisa de sinais. Mas é algo que nessa trajetória pode ser mudada”.

Ana Célia Costa

Acadêmica de Fisioterapia e Estética

Jornalista (DRT 326)

Saúde da Mulher Surda

A importância da comunicação com a paciente surda foi um dos destaques do primeiro dia do Seminário de Atenção à Saúde da Mulher Surda, da Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Muitas mulheres por uma questão cultural têm dificuldades de relatar, por exemplo, algumas questões íntimas na hora de uma consulta. Essa barreira pode ser ainda maior quando a mulher é surda e vai acompanhada de algum familiar para intermediar o atendimento.

“Uma vez uma mulher surda foi fazer ao ginecologista. Ela estava acompanhada de sua irmã. O médico não sabia Libras. Então, ele explicou tudo para a irmã. Avisou que ela tinha mioma e precisaria fazer determinado tratamento. Alertou que ela não poderia engravidar nesse período. A paciente não foi informada pela irmã que ocultou o alerta. Um tempo depois a paciente engravidou. Ao avisar a irmã que ela soube das orientações do médico. Então, teve outros problemas de saúde para tratar.” contou a professora da UESPI, Kelly Lemos. 

Os profissionais da saúde precisam aprender Libras para melhor atender os pacientes surdos e não depender de tradutores. No caso da mulher surda, a questão cultural, pode fazer com que ela inclusive tenha vergonha em relatar sintomas para o profissional da saúde, já que dependerá da tradução de algum familiar. A comunicação direta vai existir somente com a Libras.

A pessoa surda é um ser humano normal. Que tem vida sexual e tem curiosidades sobre sexualidade. Que pode ter questões envolvendo sua região íntima e não pode ter barreiras para informar isso. A mulher surda também tem o direito ao Plano de parto e ao pleno entendimento de como está sua saúde e do seu filho. Tem o direito de entender o que médicos e enfermeiros questionam e avisam. Ela tem direito de fazer fisioterapia durante a sua gestação e compreender tudo que o profissional Fisioterapeuta orienta.

Segundo a Constituição Federal de 1988, é assegurado a todos o acesso à informação. Da mesma forma como a SAÚDE está entre os direitos sociais de todos os cidadãos.

Dados

Conforme o IBGE (Censo 2010), há 10 milhões de brasileiros surdos. Destes, 29% são mulheres.

Ana Célia Costa

Acadêmica de Fisioterapia e Estética

Jornalista (DRT 326)

Abordagem Fisioterapêutica no Método Therasuit em pacientes com paralisia cerebral e Transtorno do Espectro Autista

A Fisioterapia em crianças com paralisia cerebral e Transtorno do Espectro Autista (TEA) proporciona que elas sejam reabilitadas para além das habilidades motoras. O programa de exercícios do método Therasuit promove também o fortalecimento muscular.

Veste Suit
Órtese dinâmica constituída de cordas elásticas (específicas e antialérgicas). “É uma veste patenteada. Vamos fazendo os ajustes conforme as necessidades dos pacientes para fazer os devidos movimentos.”, explicou a fisioterapeuta Dra. Beatriz Nunes.

Para quem é indicado?

Pessoas com paralisia cerebral, AVC, hipotonia (diminuição do tônus muscular) e atraso no desenvolvimento motor.

Para quem não é indicado?

Pessoas com degeneração articular, osteopenia (perda gradual de massa óssea) e perda de integridade estrutural.

HISTÓRICO

O método Therasuit foi criado, em 1992, por Richard e Izabela Koscielny, ambos são fisioterapeutas. Eles são pais de uma jovem com paralisia cerebral. É um método baseado na veste utilizada por astronautas. Foi realizada ampla pesquisa e após a comprovação por meio de resultados, veio a patente do método em 2002, em Michigan, Estados Unidos.

Saúde pública

O método Therasuit não está disponível no SUS. É acessível via contrato particular ou plano de saúde. Ainda sim, não se sabe se também será atingido pela decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Essa decisão foi favorável ao rol taxativo de cobertura dos planos de saúde.  O rol da ANS é básico e não contempla, por exemplo, alguns tipos de quimioterapia oral e de radioterapia, cirurgias com técnicas de robótica e outros tratamentos. Como o rol é taxativo, os planos ficam isentos da obrigação de bancar esses tratamentos.

Em fevereiro deste ano, a Defensoria Pública do Ceará garantiu o tratamento do método TheraSuit para criança com microcefalia e paralisia cerebral. Na época, o plano de saúde Unimed já havia negado o tratamento.

Ana Célia Costa

Acadêmica de Fisioterapia e Estética

Jornalista (DRT 326)

O estresse e as disfunções estéticas

O estresse também pode influenciar em mudanças na pele, além de atingir outros órgãos. É possível que o estresse possa agir desencadeando ou potencializando alguma doença dermatológica.

Segundo a pesquisa “INFLUÊNCIA DO CORTISOL NAS DISFUNÇÕES ESTÉTICAS”:

“O cortisol atua como feedback para manter o equilíbrio, porém estímulos estressantes podem se impor sobre o feedback provocando na secreção exacerbada do cortisol. Esse aumento na secreção vai desencadear diversas disfunções estéticas. A pele é um dos órgãos que mais será afetado pelo estresse podendo desencadear diversas patologias como psoríase, vitiligo, alopecia areata, dermatite seborreica, acne e acúmulo de gordura”.

Essa pesquisa foi feita por Ana Carolina Rodrigues e Cecília Luca Perez. (Discente em Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética do Centro Universitário de Itajubá) e Debora Parreiras da Silva (Especialista e Docente em Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética do Centro Universitário de Itajubá)

Exemplo de doença citada na pesquisa científica: Vitiligo.

É uma doença assintomática que não tem manifestações como dor, rubor ou ardor, que afeta as áreas do corpo, alterando os melanócitos, resultando assim em máculas acromáticas. Os fatores emocionais podem contribuir significativamente para o desenvolvimento e até influenciar no tratamento da doença. O estresse aumenta os níveis de hormônios neuroendócrinos e de neurotransmissores autônomos, o que altera o sistema imune e ativa regiões especifcas do cérebro ricas em neuropeptídios, modifcando os níveis destes e favorecendo sua liberação antidrômica na pele.

É importante ressaltar que o estresse tem ampla abrangência. Além de distúrbios psicológicos, também influencia em disfunções estéticas. O tratamento pode ser com profissional da Medicina juntamente com Esteticista e Psicólogo, por exemplo.

Presttention!

O Portal Presttention tem a curadoria da Jornalista Ana Célia Costa (DRT 326), que também é acadêmica das faculdades de Fisioterapia e de Estética.